quinta-feira, 20 de junho de 2013

DISCIPINA: SOCIOLOGIA

PROFESSOR : REGINA  -  VANDETE

PENSAMENTOS  MARXISTA: CLASSES SOCIAIS




As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho
 
As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho

As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades.
Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção.
Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições entre as classes, Marx observou que ao substituir as antigas condições de exploração do trabalhador por novas, o sistema capitalista de produção em seu desenvolvimento ainda guarda contradições internas que permitem criar condições objetivas para a transformação social. Contudo, cabe somente ao proletariado, na tomada de consciência de classe, sair do papel de mero determinismo histórico e passar a ser agente dessa transformação social.
As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste com o grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais. É só por meio de um processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios, desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até que se realizem as condições de uma forma de organização social comunista.
Sabemos que esse ideal inspirou a Revolução Russa de 1917, com a criação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que foi a primeira tentativa de um governo dos trabalhadores tendo em vista a construção da sociedade comunista. No entanto, os fracassos dessa experiência ainda nos permitem pensar no papel da propriedade privada no interior da sociedade. Se ela provoca as desigualdades, mas também a sua forma de uso coletivo não se mostrou adequada, como pensar, nos dias de hoje, a relação entre política e economia? Ainda que não haja respostas contundentes sobre esse assunto, parece ser o desafio do nosso tempo enxergar as contradições do sistema e buscar, de modo adequado, tomar consciência de que a transformação exige a participação de todos.
Assim, parece inquestionável o papel de Marx para os pensadores de nossos dias. Ainda que a solução encontrada por esse autor tenha ganhado concretude (fiel ou não a ele), é importante retomar sua crítica ao sistema visando sanar as contradições que estão evidenciadas em nosso cotidiano.


Karl Marx

Karl Heinrich Marx - Nacceu em 5 de Maio de 1818, em Trier (Tréveris), Alemanha e morreu em 14 de Março de 1883 em Londres. Foi um filósofo, economista, historiador e revolucionário alemão.


"Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, etc., mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e actividades são tragadas pela cobiça."
Karl Marx


"A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes."
Karl Marx

"A tortura deu lugar às descobertas mecânicas mais engenhosas, cuja produção dá trabalho a uma imensidade de honestos artesãos."
Karl Ma

"Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas."
Karl Marx

quinta-feira, 6 de junho de 2013

DISCIPLINA- SOCIOLOGIA

1- O surgimento da Sociologia.
  • O que é Sociologia?
  • Quando surgiu a Sociologia e qual era a finalidade?
  • Quais os principais teóricos da Sociologia?
  • A Sociologia é importante para nós e para a sociedade atual?

Por que a Sociologia é importante?

O ensino da Sociologia, é obrigatório para o Ensino Médio desde 2008. Mas especialistas garantem que ela é fundamental também para crianças


Foto: A socilogia pode ser de grande ajuda à formação de jovens e crianças, saiba mais sobre essa matéria
A socilogia pode ser de grande ajuda à formação de jovens e crianças, saiba mais sobre essa matéria

Por que as pessoas pensam e agem de forma tão diferente umas das outras? Por que algumas têm muito dinheiro, enquanto outras dormem nas ruas? Por que o que parece certo para uma é totalmente errado para outra? Toda criança já questionou algo do tipo para os pais. É comum os pequenos terem dúvidas sobre a sociedade em que vivem. Pois a Sociologia tem o objetivo de responder essas questões e ensinar o funcionamento das interações pessoais. "Diferentemente da Psicologia, que estuda o individuo, a Filosofia, que explica as ideias e o conhecimento, a Sociologia observa a sociedade agindo sobre as pessoas e as instituições, buscando apontar na sua dinâmica, contradições e regularidades", ensina o sociólogo Mario Miranda Antonio Junior, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

1808 Especial Matérias Curriculares
Veja por que as matérias obrigatórias da escola são essenciais para a formação do seu filho!

Não é à toa que, desde 2008, a matéria não é considerada mais extracurricular . Pelo contrário, há três anos foi aprovada a lei 11.684, que obriga o ensino de Sociologia no Ensino Médio em todas as escolas brasileiras. "Muitas ministram o curso com outro nome, como Ação e Cidadania, porém, o conteúdo é bem próximo ao das Ciências Sociais", diz o cientista social Rafael Araújo, coordenador da Escola de Sociologia e Polí tica de São Paulo e professor da PUC-SP.

É preciso ficar atento pois muitas escolas enxergam a matéria como um custo desnecessário. "Há aquelas escolas, por exemplo, que entregam as aulas nas mãos de professores de outras disciplinas, que não têm formação em sociologia, para não precisarem contratar mais gente", aponta Roberto Ravena Vicente, sociólogo e professor da matéria no colégio Ítaca, em São Paulo.

Tire suas dúvidas sobre a importância dessa matéria para as crianças:
Para ler, clique nos itens abaixo:
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O que é a Sociologia?
É a ciência que estuda a sociedade e as regras de seu funcionamento. "Ela avalia a interação entre os indivíduos e seus desdobramentos na formação de grupos, associações e instituições", diz o cientista social Rafael Araújo, coordenador da Escola de Sociologia e Polí tica de São Paulo e professor da PUC-SP.
Estudar Sociologia é importante?
Como a maioria das escolas não oferece aulas de sociologia para os Ensinos Infantil e Fundamental, a participação dos pais deve ser dobrada. As noções da matéria devem ser introduzidas desde a alfabetização dos pequenos, de forma bem sutil, com noções de cidadania, ensinamentos sobre as regras de trânsito e respeito ao próximo.

"Esses são temas que interessam à sociologia e que podem ser debatidas com crianças ainda muito jovens", diz o cientista social Rafael Araújo. A complexidade desses conhecimentos deve ser aumentada com o passar do tempo. Muitas escolas passam esses ensinamentos por meio da disciplina de Estudos Sociais, importantíssima na opinião dos especialistas.

"Aos poucos, a criança conseguirá entender a sociedade e começará a pensar sobre ela, sobre situações cotidianas de exclusão, privação ou conflitos que causam inquietação, insegurança e estranhamente", completa o sociólogo Mario Miranda Antonio Junior, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
O ensino da Sociologia é essencial às crianças?
Sim. A sociologia desenvolve o ‘espírito de cooperação’, incentiva a responsabilidade e o cuidado com o mundo de forma consciente. "Com a sociologia, a criança aprende a conviver em grupos e desenvolve senso de responsabilidade pelo outro e pelo espaço, além de compreender a importância de regras", cita o cientista social Rafael Araújo. Dessa maneira, vai aprendendo a ser cidadã.
Qual é a importância da Sociologia para adolescentes?
Para os adolescentes, a Sociologia é importante para compreender como é possí vel existirem tantas pessoas diferentes, com perspectivas e vontades distintas e mais, como elas conseguem conviver juntas no mesmo espaço.

A adolescência é um período de transformações físicas e psicológicas, onde surgem muitos questionamentos e conflitos. "Entendendo a dinâmica da sociedade e sua importância enquanto individuo, fica mais fácil situar-se e ajustar-se", explica o sociólogo Mario Miranda Antonio Junior. Além disso, a sociologia permite ao jovem dosar sua liberdade de ação e compreender sua importância e a necessidade de colaborar com as pessoas.
Por que seu ensino não era obrigatório antes de 2008?
Durante o período militar, as disciplinas de Sociologia e Filosofia foram excluídas do currículo escolar, devido à censura. Depois, foram voltando gradativamente, até que em 2008, foi aprovada a lei 11.684, que torna obrigatória sua prática para o Ensino Médio.
Como são as aulas de Sociologia nas escolas?
Depende de cada escola. O ensino da Sociologia não precisa ser interativo nem exigir debates em sala, por exemplo. Ele pode trabalhar conceitos, como em uma aula de História. Pode ainda trazer esses conceitos para o presente, exemplificando com o próprio cotidiano dos alunos. Tudo vai depender do professor e claro, da maturidade dos alunos em sala.

Para o professor Roberto Ravena Vicente, do colégio Ítaca, achar que a aula de Sociologia deve ser mais dialogada do que as outras é um engano muito comum. "Acontece que, diferentemente de outras áreas, nós trabalhamos com temas que os alunos já têm opiniões e ideias prévias. Daí a opção de muitos professores em valorizar as ideias como forma de motivar os alunos e incentivar sua participação. O desafio, nesse caso, é não ficar no senso comum", diz.

Não é preciso florear ou usar artifícios para que os estudantes entendam a matéria. Claro que há um enfrentamento dos textos, que são complexos, mas os alunos dão conta, avisa Roberto. "Principalmente quando percebem a relação direta com a sociedade em que vivem", conta.
Quais são as vantagens de aprender Sociologia na escola e não apenas na faculdade?
- Desenvolve o senso crítico em relação à sociedade e a autocrítica; - Instiga o jovem a questionar informações, pois desperta a curiosidade; - Mostra o que é espaço público e o que é privado; - Possibilita a compreensão de como funcionam os grupos e a dinâmica de inclusão e exclusão; - Ensina a respeitar o diferente, a aceitar culturas e realidades distintas; - Afasta o estudante do senso comum, capacitando-o a formar ideias de qualidade sobre o mundo e sobre a própria vida.
Sociologia cai no vestibular?
Sociologia não costuma cair no vestibular do estado de São Paulo, porém, para muitas faculdades tradicionais - públicas e privadas - do país, questões da matéria são exigidas. No Enem , ela também está presente. Por isso, os especialistas não hesitam em dizer que estudar sociologia pode ajudar o vestibulando, sim. Entenda: as leituras obrigatórias da sociologia e as discussões que ela inclui só têm a colaborar para o bom desempenho do aluno no vestibular. "Se eles vão escrever sobre cotas raciais, que é um tema bem próximo a eles. Graças à sociologia, eles sabem a diferença conceitual que existe entre raça e etnia ou entre preconceito e discriminação", diz o professor Roberto Ravena Vicente.